“A sexta extinção”: livro analisa fenômeno do desaparecimento de plantas e animais

 “A sexta extinção”: livro analisa fenômeno do desaparecimento de plantas e animais

Elizabeth Kolbert: Foto: Nicholas Whitman

“A sexta extinção: uma história não natural” é uma obra de não-ficção escrita pela jornalista americana Elizabeth Kolbert. Publicado originalmente em 2014, e vencedor do Prêmio Pulitzer de Não Ficção de 2015, o livro mergulha no estudo das extinções em massa na história da Terra e explora as causas e consequências desses eventos. A autora analisa o desaparecimento atual de várias espécies de plantas e animais, investigando as influências humanas, como a destruição de habitats, a introdução de espécies invasoras e as mudanças climáticas. Kolbert também destaca os esforços de cientistas e conservacionistas na tentativa de preservar a diversidade da vida no planeta.

O livro é dividido em 13 capítulos, cada um abordando diferentes aspectos da extinção em massa e como ela afeta a vida na Terra. Kolbert começa por traçar uma linha do tempo, destacando os cinco eventos anteriores e como eles moldaram a evolução da vida no planeta.

No primeiro capítulo, intitulado “O Sexto Extintor”, a autora introduz a ideia de que os seres humanos são a principal causa da atual extinção em massa. Ela explora como a ação humana tem causado a destruição de habitats naturais e alterações no clima global. Através de exemplos, Kolbert ilustra como as atividades humanas, como a caça excessiva e a pesca predatória, contribuíram para a diminuição das populações de diversas espécies.

No capítulo seguinte, “O Gênesis”, a autora examina a influência dos eventos geológicos na diversidade da vida na Terra. Ela explora como as extinções do passado foram desencadeadas por catástrofes naturais, como erupções vulcânicas e impactos de asteroides, e como esses eventos abriram caminho para a evolução de novas formas de vida.

Em “O Hadesiano”, Kolbert explora o impacto da extinção do Permiano-Triássico, que foi a maior extinção em massa da história da Terra. Ela descreve como o fenômeno eliminou mais de 90% das espécies marinhas e terrestres e como a recuperação da vida levou milhões de anos. O livro continua a examinar os efeitos das extinções anteriores nos capítulos seguintes, fornecendo uma visão aprofundada de como esses eventos moldaram o mundo que conhecemos hoje.

“A sexta extinção” também explora o trabalho de paleontologistas, biólogos marinhos e outros especialistas que procuram compreender as extinções passadas e prever as consequências da extinção atual. A autora descreve as expedições de pesquisa em todo o mundo, desde a Grande Barreira de Coral até a floresta amazônica, e como esses cientistas coletam dados que ajudam a compreender o impacto das mudanças ambientais nas espécies.

O livro também aborda a extinção causada pela introdução de espécies invasoras. Kolbert expõe como a globalização e o comércio internacional têm permitido que espécies se espalhem para novos ambientes, causando a extinção de espécies nativas. Ela destaca exemplos de espécies invasoras, como a rã-touro na Austrália e a serpente marrom em Guam, que tiveram efeitos devastadores nos ecossistemas locais.

“A sexta extinção” não apenas se concentra nas causas da extinção, mas também nas consequências para a biodiversidade. Kolbert examina como a perda de espécies afeta os ecossistemas, incluindo a função dos animais como polinizadores, predadores e reguladores de populações de outras espécies. Ela descreve como a extinção de uma única espécie pode desencadear uma cascata de impactos em toda a cadeia alimentar.

Os últimos capítulos de “A sexta extinção” se concentram nos esforços para evitar a extinção de espécies em perigo. Kolbert destaca os trabalhos de conservacionistas e organizações que se dedicam a proteger a biodiversidade. Ela descreve como os zoológicos desempenham um papel na reprodução de espécies ameaçadas de extinção e como os esforços de conservação são muitas vezes uma corrida contra o tempo.

Conteúdos relacionados

.Assista ao documentário “Ameaças climáticas no Recife”

Posts Relacionados